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Por que devo fazer o Curso Superior de Logística?


Prof. Jorge Mota,2011.

 
A logística estuda e dimensiona sistemas de transporte e de armazenamento de produtos de forma econômica e segura, visando aprimorar o desempenho organizacional das empresas. Otimiza os processos para a obtenção dos fluxos mais adequados pelo conhecimento da cadeia de suprimento e da relação entre as empresas.
Campo ampliado de atuação: nos setores de controladoria, coordenação, recebimento e expedição e nos diversos segmentos de logística, como transporte, armazenagem, compras, distribuição e sistema de informação.

O mercado de trabalho
A necessidade de manter um setor de logística adequado torna essa área de atividade muito promissora. O profissional de logística é contratado para utilizar estratégias e ferramentas, com vistas a garantir a viabilidade técnica e econômica, otimizando tempo e custos.
O profissional em logística encontra boas oportunidades em empresas públicas e privadas dos mais diversos portes e setores, como o de transporte, automobilístico, alimentício, tecnologia e varejo. O mercado brasileiro de trabalho nas áreas de logística é amplo e cresce aceleradamente.
Os interessados nos profissionais são: indústria, comércio, transportadoras, armazéns, operadores logísticos, empresas de consultoria, entidades de ensino. Portanto, na prática qualquer organização necessita praticar logística o que torna o mercado amplo e promissor.

 Supply Chain Management – (SCM)
Como a logística é um dos importantes instrumentos para a diferenciação competitiva em uma organização, sua importância está cada vez mais evidente, o que cria uma necessidade expressiva de profissionais especializados na área.

Atualmente o grande objetivo das organizações é minimizar custos e principalmente melhorar a eficiência no atendimento ao cliente. A logística tornou-se uma diferencial para a maioria das empresas, que buscam meios alternativos, de criar coordenar e manter um sistema integrado com toda a cadeia de suprimento, de forma que o produto chegue às mãos dos consumidores no tempo adequado.

Um fator determinante para que esses objetivos se concretizem é o Supply Chain Management (Gerenciamento da Cadeia de Suprimento) – SCM. O Supply Chain vai além das funções operacionais, seu conceito é expansivo e não se restringe a um setor, portanto, tem como premissas: a visão sistêmica, comprometimento das equipes e busca pelos altos níveis de satisfação de clientes e fornecedores.

O conceito de Supply Chain Management surgiu como uma evolução natural do conceito de Logística Integrada. Enquanto a Logística Integrada representa uma integração interna de atividades, o SCM representa sua integração externa, pois estende a coordenação dos fluxos de materiais e de informações aos fornecedores e ao cliente final. A gestão da cadeia como um todo pode proporcionar uma série de maneiras pelas quais é possível aumentar a produtividade e, em conseqüência, contribuir significativamente para a redução de custos, assim como identificar formas de agregar valor aos produtos. No primeiro plano estaria à redução de estoques, compras mais vantajosas, a racionalização de transportes, a eliminação de desperdícios, etc. O valor, por outro lado, seria criado mediante prazos confiáveis, atendimento no caso de emergências, facilidade de colocação de pedidos, serviço pós-venda, etc.

O principal objetivo do SCM é integrar todos os processos dede a fabricação até a distribuição do produto e ou serviços. O Supply Chain Management permite a formação, dentre outras, de uma estrutura descentralizada e equipes especializadas, porém, em ações focadas em metas, justifica-se a implementação deste “modelo” como elemento que poderá possibilitar o aumento da capacidade produtiva no processo de distribuição de produtos e, sendo assim, poderá:

- garantir a previsibilidade de uma demanda existente;
- reduzir custos desnecessários, perdas e desperdícios;
- utilizar-se de informações válidas e coerentes no processo decisório;
- otimizar espaços de armazenagem, movimentação de cargas e a gestão de estoques; e,
- aumentar o nível de satisfação do cliente.

Entretanto, a ausência de uma gestão que trabalhe nesta perspectiva (analítica), poderá favorecer o surgimento de restrições críticas e/ou gargalos tais como:

- atraso nas entregas;
- faltas e/ou avarias de produtos;
- indicadores subutilizados;
- perdas e desperdícios no processo;
- insatisfação do cliente; e,
- possível perda de contratos.

Entre os processos de negócios chave para o sucesso de implantação do SCM, os sete mais citados encontram-se listados:

- Relacionamento com os clientes: desenvolver equipes focadas nos clientes estratégicos, que busquem um entendimento comum sobre características de produtos e serviços, a fim de torná-los atrativos para aquela classe de clientes;
- Serviço aos clientes: fornecer um ponto de contato único para todos os clientes, atendendo de forma eficiente a suas consultas e requisições;
- Administração da demanda: captar, compilar e continuamente atualizar dados de demanda, com o objetivo de equilibrar a oferta com a demanda;
- Atendimento de pedidos: atender aos pedidos dos clientes sem erros e dentro do prazo de entrega combinado;
- Administração do fluxo de produção: desenvolver sistemas flexíveis de produção que sejam capazes de responder rapidamente às mudanças nas condições do mercado;
- Compras / suprimento: gerenciar relações de parceria com fornecedores para garantir respostas rápidas e a contínua melhoria de desempenho;
- Desenvolvimento de novos produtos: buscar o mais cedo possível o envolvimento dos fornecedores no desenvolvimento de novos produtos.

Em suma, o Supply Chain Management consiste no estabelecimento de relações de parceiras, de longo prazo, entre os componentes de uma cadeia produtiva, que passarão a planejar estrategicamente suas atividades e partilhar informações de modo a desenvolverem as suas atividades logísticas de forma integrada, através e entre suas organizações. Com isso, melhoram o desempenho conjunto pela busca de oportunidades, implementada em toda a cadeia, e pela redução de custos para agregar mais valor ao cliente final.
MOTA,2011
Relacionamento Interpessoal e Feedback - Uma Parceria de Sucesso!
Publicado em 16-Nov-2010, por Bernardo Leite Moreira

Como se garantir resultados sustentáveis?
É tão surpreendente afirmar que teremos muito mais resultados se o ambiente entre as pessoas for bom!
Afinal, precisaríamos afirmar isso?
Infelizmente parece que sim, mesmo que o fator gregário do ser humano seja unanimidade, desde os primórdios da civilização.

No entanto, admitimos, manter um relacionamento interpessoal adequado é esforço diário, não é
um fato natural.

Encontramos razões mais diversas possíveis para não “simpatizar” com alguém. Desde uma mal entendido, passando pelas preferências dos chefes, resvalando nas competições sobre tudo até...não sabemos porque, mas “não gosto dele (dela).
O tema é bem abrangente, mas como temos que ser objetivos vamos direto ao ponto. A base do relacionamento interpessoal é: o Relacionamento Intrapessoal.
Isso é: se o relacionamento interpessoal refere-se aos outros, o Relacionamento Intrapessoal responde á “como nos relacionamento conosco”. Ou seja, como enfrentamos nosso maior inimigo.
É neste ponto que temos que nos deparar com todos os fatores que fazem e fizeram parte de nossas vidas. De forma geral dentro de um raciocínio de causa e efeito, afinal nós somos o que fazemos e o que sentimos.
Estamos falando de desenvolvimento e do seu primeiro passo, o autoconhecimento. Não poderemos exercer uma ação efetiva de desenvolvimento sem esse esforço inicial de autoconhecimento. No próprio planejamento estratégico organizacional iniciarmos pela identificação dos pontos fortes e fracos.
É aqui que o Feedback dá sinal de vida. Já afirmamos que não há desenvolvimento sem feedback. Por exemplo, qual a nossa expectativa após a prova? Resposta: A nota, ou seja, o feedback.
Não conseguiremos desenvolver sem o feedback que também nos possibilita ter uma melhor compreensão de como os outros nos vêem. Que imagem eles tem de mim? Como trabalhar a percepção dentro das organizações.
Tudo isso para que? Definitivamente, para melhorar a produtividade e ter mais lucro. Sem qualquer dúvida.
E é nesse ponto que salientamos: Quando vão dar o crachá para a Emoção? Que estória é essa de dizer que contratamos só o profissional (a pessoa fica lá fora)?
Ou deixe os seus problemas pessoais do lado de fora da empresa! (será que existe um guarda malas do tipo: guarda problemas – deixe aqui os seus problemas e retire após o expediente).
Já está mais que na hora de enfrentarmos essa situação de maneira objetiva e....humana.
Para encerrar vou comentar um fato ocorrido durante umas das pesquisas de Grogory Bateson (pensador e pesquisador inglês da área de comportamento em geral): analisava-se o processo de aprendizagem dos golfinhos. A cada dia de treinamento era reforçado um novo tipo de salto dando-se um peixe para o golfinho quando desse o salto esperado.
Um fator importante é que o golfinho só ganhava um peixe (reforço) se o salto fosse novo (saltos antigos não eram reforçados).
Os golfinhos são, reconhecidamente, inteligentes e, em 15 dias estavam prontos para um espetáculo.
Mas Bateson percebeu um detalhe estranho pois o treinador jogava peixes ao golfinho fora do treinamento. Bateson questionou por que. O treinador respondeu: “Ah, é para manter as coisas amigáveis, naturalmente. Afinal, se não tivermos um bom relacionamento ele não vai se dar ao trabalho de aprender alguma coisa” .
Pois é, golfinhos!



Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimento


16 de outubro de 2010
A logística vem constituindo-se em um negócio de grandes proporções que evoluiu muito rapidamente nos últimos anos, passando por profundas transformações em direção a maior sofisticação. Essas transformações são evidenciadas em diferentes aspectos, sejam eles relacionados à estrutura organizacional, às atividades operacionais, ao relacionamento com os clientes, ou às questões financeiras.

O termo Logística, de acordo com o Dicionário Aurélio, vem do francês logistique e tem como uma de suas definições “a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material para fins operativos ou administrativos”.

As recentes tendências logísticas estão fazendo com que as empresas adotem um enfoque de gerenciamento da cadeia de suprimento, para guiar as suas operações comerciais, onde deve ser mencionado o impacto da logística na lucratividade das empresas, na criação de novas oportunidades de mercado, adicionando valor através dos serviços prestados. As metas da logística são as de disponibilizar o produto certo, na quantidade certa, no local certo, no momento certo, nas condições adequadas para o cliente certo ao preço justo.

Com a globalização, os mercados ficaram mais próximos e novos processos tecnológicos de informação se difundiram pelo mundo tornando os mercados mais competitivos, mudando também as relações de negócios entre as empresas. Novas estratégias gerenciais no processo de distribuição física na cadeia de suprimentos possibilitam a entrada em novos mercados como também a consolidação de posição em outros. Nos países de primeiro mundo, especialmente nos Estados Unidos, o mercado para operações logísticas cresceu vertiginosamente na primeira metade da década de 90, tanto financeiramente como também em número de novos operadores. No Brasil essa Indústria é mais recente. Ela começou a tomar forma principalmente com a estabilização econômica advinda do Plano Real. O crescimento desse mercado no Brasil se deu tanto pelo surgimento de operadores nacionais, como também pela chegada de grandes grupos internacionais com experiência. O crescimento deste setor é resultado da propensão cada vez mais intensa de empresas que terceirizam serviços de uma maneira em geral, quando antes os realizavam por conta própria. Hoje repassa serviços “pacotes” que incluem, cada vez mais, serviços de maior valor agregado, com forte conteúdo informacional. (NOVAES, 2006, p.322).

Atualmente, as empresas passam a tratar a logística de forma estratégica, prestar um serviço logístico de excelência tem sido o objetivo de inúmeras empresas que perceberam no atendimento, e até mesmo na superação das expectativas de seus clientes uma forma de garantir sua lealdade e conquistar o mercado. Segundo Fleury (2006), à medida que o conceito de logística integrada foi se difundido entre as empresas e tornando-se mais sofisticada, o nível hierárquico de seu principal executivo foi elevando-se, até atingir os patamares mais elevados da operação. Esse fenômeno que ocorreu nos Estados Unidos da América e Europa, nas duas a três décadas, parece já ter chegado no Brasil.

A moderna tecnologia adotada pela rede brasileira e a intensa preparação de pessoal vem proporcionando um grande crescimento e oportunidade neste segmento.  A evolução da logística ao longo do tempo pode ser medida entre outras coisas pelo conjunto de atividades executadas no âmbito de sua responsabilidade, observação das grandes empresas brasileiras indica uma significativa diversidade de atitudes sendo realizada pela organização logística. (FLEURY; WANKE, 2006, p.51).

De acordo com a definição proposta pelo Council of Logistics Management – CLM a logística seria uma parte componente daquilo que comumente se entende por gerenciamento da cadeia de suprimento onde podemos conceituar a logística como sendo o processo de planejar, implementar e controlar, de maneira eficiente, o fluxo de armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com objetivo de atender aos requisitos do consumidor. A diversidade das operações pode ser avaliada como base num conjunto de atividades, de modo eficiente e eficaz do fluxo de produtos e informações do ponto de origem até o ponto de consumo final. A função logística, para ser bem executada, deve responder a algumas questões básicas, diluídas ao longo da cadeia de suprimento.
MOTA, 2010.
 
Cenário dos Transportes no Brasil
02 de janeiro 2011.
O transporte tem importância fundamental, sendo o principal componente dos sistemas logísticos das organizações produtivas e para o funcionamento das economias regionais, nacionais e internacionais. Sem um sistema de transporte eficiente e confiável, regiões e nações ficam impossibilitadas de crescer e desenvolver-se.

O sistema de transporte vem passando por mudanças significativas em todo o mundo através dos avanços tecnológicos, tanto em infra-estrutura, quanto em equipamentos e métodos de gestão. Transportar refere-se aos vários métodos para movimentar produtos da origem a um determinado destino, minimizando custos financeiros, temporais e ambientais.

A administração do gerenciamento da atividade de transporte e distribuição, geralmente envolve decidir quanto ao método de transporte e o modal a ser utilizado. O sistema básico de transporte para cargas são cinco: sistema por ferrovias, por rodovias, por hidrovias, por dutos e por aerovias. A importância desses modais de transporte é associada à importância de cada modelo, variando em função de tempo, produto, custos e das necessidades dos clientes, bem como, as condições de momento.

Panorama do Transporte no Brasil

Segundo Fleury (2006) O sistema de transporte brasileiro encontra-se numa encruzilhada. De um lado, um forte movimento de modernização das empresas, que demandam serviços logísticos cada vez mais eficientes, confiáveis e sofisticados, a fim de se manterem competitivas num mundo que se globalizou, e onde a logística é, cada vez mais, determinante para o sucesso empresarial. De outro, um conjunto de problemas estruturais, que distorcem nossa matriz de transporte e contribuem para o comprometimento, não apenas da qualidade dos serviços e da saúde financeira dos operadores, mais também e principalmente do desenvolvimento econômico e social do país.

Destaca-se problemas estruturais, investimentos governamentais, fiscalização, regulamentação e custos de capital, que levaram o país a uma dependência do modal rodoviário, e como conseqüência um baixo índice de produtividade, elevado nível de insegurança nas estradas e altos níveis de poluição ambiental. Infelizmente, a trajetória de rápido crescimento das atividades de transporte e distribuição não foi acompanhada pelos investimentos necessários a manutenção e expansão de infra-estrutura correspondente.

Pozo referencia que o transporte, para a maioria das organizações, é a atividade logística mais importante, onde é absorvido, em média, um a dois terços dos custos logísticos. À medida que o transporte fica mais barato e de fácil acesso, contribui para aumentar a competição no mercado, garantindo a economia de escala e reduzindo os preços das mercadorias.

Texto extraído da apostila Administração de Transporte e Distribuição – ETR ; Jorge Mota (2009).



O desafio dos Operadores Logísticos no Gerenciamento da Cadeia de Suprimento

O objetivo final das organizações econômicas é a obtenção de lucros, neste contexto, destacam-se o Gerenciamento da Cadeia de Suprimento e os níveis de gastos incorridos na logística como fatores diretamente relacionados com a qualidade de serviço que se deseja prestar.

A definição mais freqüente e amplamente difundida nos meios acadêmicos e empresarias conceitua o Gerenciamento da Cadeia de Suprimento como a gestão dos fluxos correlatos de informações e de produtos que vão do fornecedor ao cliente, tendo como contrapartida os fluxos financeiros.

Dentre os diversos processos relevantes para gerenciamento da cadeia de suprimento, a logística é fundamental. Partindo desse pressuposto, destacamos a importância do processo, na busca de aprimoramento gerencial, constituindo um serviço onde recursos são orientados para a consecução de determinada organização do fluxo de produtos entre clientes e fornecedores, por meio da organização e de seus canais de suprimento, de modo a maximizar as lucratividades presente e futura, pelo atendimento dos pedidos a baixo custo. Seja buscando redução de custos, vantagens competitivas, maior flexibilidade de resposta, diluição de riscos, novos serviços e tecnologias ou outros tantos possíveis motivadores é que as empresas, cada vez mais, estão se baseando na experiência e no conhecimento técnico dos Operadores Logísticos (OL), do que tentando atingir seus objetivos exclusivamente com suas próprias competências.

A sofisticação dos serviços e das tecnologias oferecidas pelos OL está atraindo muitas empresas a incluírem mais e mais atividades nos seus escopos de contratação, no intuito de aumentarem o raio de alcance dos potenciais benefícios. Nos últimos anos a logística passou por profundas transformações em direção a maior sofisticação. Uma das premissas básicas no planejamento de um sistema logístico é que as atividades que compõem a operação logística devem ser estruturadas, de modo, a se atingir determinado nível de serviço ao cliente, ao menor custo possível.

O processo de planejamento, implementação e controle eficiente e eficaz do fluxo de matérias-primas, estoque de produtos semi-acabados, bem como, o fluxo de informações a elas relativas, desde a origem até o consumo, com o propósito de atingir: bom desempenho operacional e confiabilidade dos clientes são fatores primordiais para os operadores logísticos. A terceirização dos serviços logísticos permite que o cliente se dedique ao seu negócio repassando as atribuições logísticas para o prestador de serviço que precisa ter habilidades para atender seus clientes de forma personalizada.

MOTA, 2010.


Operadores Logísticos Frigorificados

Com a mudança dos hábitos alimentares ocorridos nos últimos anos no país, e com uma maior exigência de qualidade por parte dos consumidores, começa a haver necessidade de utilização da refrigeração. Acompanhando as inovações tecnológicas pelas quais tem passado a indústria do frio, o crescimento da demanda por produtos congelados e resfriados e as gradativas mudanças dos conceitos na prestação de serviços, a indústria de armazenagem frigorificada vem registrando significativas mudanças operacionais e no foco de seus negócios ao longo dos últimos anos.

A demanda pela prestação de serviços logísticos para a cadeia de frio (armazenagem e transporte de produtos refrigerados, congelados) vem passando por um crescimento muito expressivo, pelo fato de as empresas embarcadoras que se utilizam destes serviços estarem buscando cada vez mais alianças estratégicas com os operadores logísticos especializados, com o propósito principal de focar seus investimentos em seu core business.

Contudo, vale frisar que a estratégia de aliar o investimento em tecnologia e infra-estrutura de ponta com qualidade de serviços compatível é uma das chaves para o sucesso neste negócio. A conscientização do consumidor e dos prestadores de serviços no controle da cadeia de frio valoriza o produto e destaca sua utilização, incrementando ainda mais a demanda.

MOTA, 2010.

Certificações ISO e o Sistema de Qualidade, Segurança e Ambiental nas empresas

Em um mundo cada vez mais globalizado e uma feroz competitividade nos mundos dos negócios entre as empresas. É inegável que a certificação é uma ferramenta fundamental para as organizações que querem conseguir destaque no cenário nacional e, conseqüentemente, no internacional. Afinal, a organização que procura se adequar a alguma norma e, por conseqüência dessa adaptação, obtém e mantém a certificação, cria um grande diferencial competitivo frente aos seus concorrentes.

É incrível como muito se discute, entretanto, quanto de valor que uma certificação agrega à companhia que a alcança. Quando digo valor, não me refiro ao financeiro. Mas como todas as empresas não são constituídas com o intuito de gerar lucro, pois senão qual o sentido? Com certeza. Para que possamos gerá-lo, porém, é preciso que aconteçam diversas situações. O lucro, normalmente, não vem da noite para o dia. Quero deixar claro que estamos falando do valor adquirido pela organização durante a identificação e padronização dos seus processos e a sua preocupação como meio ambiente e a saúde ocupacional de seus funcionários.

A certificação configura uma forma de organização empresarial – de se colocar as coisas nos seus devidos lugares de maneira sistêmica; ajuda as companhias a entender o que se passa internamente e, de certa forma, orienta no tratamento dos processos e ações que devem ser executados para que não-conformidades não ocorram novamente; e também auxilia as organizações a desenvolver um apreço maior pelos seus clientes, auxiliando no desenvolvimento de lideranças, e contribui para o envolvimento das pessoas.

Podemos destacar ainda outros benefícios obtidos com o processo de certificação: grande oportunidade para impulsionar a imagem da organização; aumento da satisfação dos clientes; mudança de foco da correção para a prevenção; mobilização em torno de um objetivo comum; redução de desperdícios e custos; evita problemas com o meio ambiente e claro não aumenta ou melhor não inicia um passivo trabalhista referente a incidentes.

No panorama atual, é possível observarmos que organizações dos mais diversos setores têm exigido de seus fornecedores, tanto de produtos quanto de serviços, a conquista de certificações como forma de qualificação e garantia de atendimento aos requisitos contratuais pré-estabelecidos. Devemos ter em mente que a certificação, independentemente da norma ISO, resultará sempre em uma grande mudança cultural dentro da organização.

Contudo, é necessário que as pessoas entendam sua real importância e benefícios para a empresa e cada profissional.Por fim, cabe ressaltar que a certificação não é apenas um quadro que se pendura na parede da recepção e em outros locais da empresa para ser utilizada como marketing. Sem dúvida, nossas certificações foram conquistadas com mérito e esforço e podemos visualizar sua real importância e os ganhos resultantes para a organização. A certificação ISO não é uma moda passageira, mas um passo importante na busca pela excelência organizacional e claro uma excelente ferramenta para vencer em mundo cada vez mais competitivo.

Roberto Roche 19.03.2010 coordenador de QSMS